segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TER OU NÃO TER FILHOS

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Alguns casais procuram por mim e meu marido para perguntarem sobre a nossa experiência em ter um filho. Uns querem ter filhos logo após o casamento e outros nem sonham em ter filhos.
E o que dizer para estes casais? Hoje, nós não imaginamos a nossa vida sem o Isaac, ele foi a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas. Foi muito planejado e superou todas as nossas expectativas como filho, só pedia muito para Deus me dar um filho saudável e Ele me presenteou, meu filho é saudável, lindo, esperto, carinhoso, carismático, conquista as pessoas onde quer que vá. Cada dia, uma nova descoberta, cada fase tento vivê-la intensamente com ele. É fascinante quando começa a engatinhar, andar, o primeiro dentinho, a primeira palavra. Hoje parece um papagaio, repete tudo o que nós falamos.
O início do meu casamento foi bem difícil, pois a grana era bem curta, não dava logo para ter um filho, mas a vontade era bem grande, quando víamos um bebê então... E o que fizemos? Adotamos um cachorrinho, o Tonho. Deu muito certo, pois supriu um pouco a necessidade de ter um filho e tratávamos o Tonho como um filho, aliás tratamos ele assim até hoje rsrsrs.
Um conselho dou, esperem pelo menos 2 a 3 anos para ter um filho, aproveitem bem o casamento, namorem  e passeiem bastante, vocês me entenderão no final do post...



Quando fizemos 2 anos de casados decidimos que era o momento, eu já tinha 32 anos, uma idade um pouco avançada para ter o primeiro filho, fui ao médico, fiz todos os exames possíveis para saber se haveria problemas para engravidar e em 3 meses engravidei. 
Tem mulheres que não sentem nada durante a gravidez, a minha foi bem tranquila, não tive enjoo, mas tive caibra quase todos os dias da gravidez e era na panturrilha, doía muito! Tive muita azia e falta de ar, eu tenho bronquite e tive que usar a bombinha todos os dias da minha gravidez (o único remédio permitido para asma). Trabalhei até o último mês da minha gravidez e era na obra (construção de uma usina de aços longos) e não faltava à toa o trabalho não. Não fiz da minha gravidez uma doença, só tomei alguns cuidados necessários, principalmente com alimentação, procurava comer alimentos mais saudáveis, tudo o que eu sabia que faria bem ao meu bebê.
Tirei de letra a gravidez e até o parto cesárea (que tanto tinha medo), eu li tanto sobre o parto cesárea que quando fui para sala de cirurgia já estava preparada psicologicamente, tanto que o anestesista me falou que tinha sido a gestante mais tranquila.
A parte mais difícil foi após o nascimento do meu filho, pais de primeira viagem que não sabiam lhe dar com um recém nascido, não sabiam diferenciar um choro, se era de fome, de dor, ou sei lá o que. Hoje eu tiraria de letra, mas como foi difícil o começo, noites sem dormir, o bebê mamava de 3 em 3 horas, meu seio jorrava leite só que não havia formado bico e o meu filho faminto não conseguia sugar o leite de forma alguma, tentei de tudo o que me ensinavam, mas não consegui amamentar, comprei bico de silicone, tirava o leite com a maquininha e como não era  o meu filho que sugava, o leite foi secando, uma pena, era o meu sonho amamentar e por alguns meses me senti muito culpada em não conseguir amamentá-lo...
Só sei que tudo era bem difícil, não sabia dar banho em recém nascido, tinha medo de quebrá-lo, tão frágilzinho,  e o umbigo? Que nervoso que dava em cuidá-lo. Meu filho teve bastante cólica, durante uns 2 meses e doía o nosso coração, qualquer dorzinha nós preferíamos que fosse em nós do que no nosso bebezinho. Teve bastante prisão de ventre e depois que voltei a trabalhar, teve muitas doenças por causa da creche, como mencionei neste post " Creche: Uma necessidade e não uma opção" (Veja Aqui).
A dificuldade no início foi grande, mas nos empenhávamos muito e logo superávamos e assim foi com todas as fases, hoje a nossa dificuldade é em desfraldá-lo.
Após o nascimento da criança o que muda radicalmente na vida dos pais? A vida financeira muda bastante, a partir do momento que se engravida já gasta-se muito com enxoval e após o nascimento, gasta-se com fraldas, lenços umedecidos, leite em pó (no meu caso), roupas e sapatos (que perde muito rápido). A vida sexual então nem se fala, no início fica zerada por causa da quarentena, e após a quarentena o ritmo do bebê suga toda energia da mãe e sobra quase nada para o papai, é neste primeiro ano da criança que muitos casamentos se desfazem, não aguentam tantas mudanças.
A mulher deve ter sabedoria para saber lhe dar com a situação e não deixar o marido de lado e não é uma tarefa fácil, posso afirmar. Vida Social no primeiro ano de vida da criança é quase nenhuma, nos primeiros 3 meses não é aconselhável ficar saindo com o bebê, pois ainda não tomou todas as vacinas necessárias. Cinema? Meu filho tem 2 anos, nunca mais eu fui. Barzinho, demora um pouquinho para frequentar. Para mãe, a liberdade fica mais complicado, eu por exemplo, não possuo família por perto para deixar o meu filho quando preciso ir ao médico ou dentista, quando a minha mãe vem me visitar, aproveito a presença dela aqui e faço tudo que tenho que fazer.
Aos poucos vamos colocando a nossa vida ao ritmo normal, meu filho já dorme sozinho no quarto dele e isso foi muito bom para nós.
Filho é para sempre, não é só colocar no mundo, os pais devem estar preparados para amar, cuidar e acima de tudo abrir mão muita coisa para receber esta grande benção.



Se você é o tipo de casal que não quer ter filhos, repense na sua atitude, é a sua descendência para esta terra.
Se você é o tipo de casal que quer ter filhos bem mais tarde, acompanhe somente um dia de uma criança de 2 anos, consegue acompanhá-la? Se não, imagina com 40 anos. Ficará mais difícil né. 
Agora se você não pode ter por problemas de saúde, ou até mesmo psicológico, fica com este assunto tanto na cabeça que não consegue engravidar de jeito nenhum, já pensou em adoção? Tantas crianças querendo um lar e pais para amar.
Eu amo o meu filho com todas as minhas forças, viro leoa se preciso e faria tudo de novo, tanto que estamos repensando num repeteco, mas para daqui uns dois, três anos.
Filho é bom demais, o sorriso dele paga tudo!
Quando começa a falar "Mamãe e papai" então, que maravilha!
Só passando por esta experiência que vocês poderão entender o que é este amor que não se explica e supera qualquer barreira!

Espero que vocês tenham gostado deste post!
Um grande abraço!

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